quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Aula 29/08

Pessoal, nessa aula discutimos a Arte no período helenístico (incluindo seu uso pela propaganda de Alexandre Magno), comparando o sua dramaticidade em relação ao equilíbrio e serenidade do período clássico. Em seguida, fizemos um balanço da Arte Romana, apontando algumas inovações:
1) Pintura: se pouco sabemos da pintura grega, os principais vestígios que temos são dos romanos, graças à preservação das pinturas de Pompéia e Herculano, além dos mosaicos que resistem melhor à ação do tempo. Além de cenas mitológicas, os romanos tinham em suas paredes afrescos de natureza morta e paisagens que já tinham uma certa noção de profundidade (embora desconhecessem as leis da perspectiva ótica, que só seria desenvolvida no Renascimento). As pinturas tinham matizações de cor que davam volume e sombreamento às figuras, embora também isso ocorresse de forma esquemática, sem estudos aprofundados sobre a direção da luz, etc.

2) Escultura: muitos "retratos" romanos foram produzidos em bustos e estátuas, e graças a eles podemos ter uma noção do rosto dos principais líderes políticos e militares romanos. Destaca-se o "realismo" das figuras: contrariamente à escultura clássica grega, que tendia à idealização dos corpos, os romanos tentavam reproduzir a pessoa tal como ela aparentava, com todos os atributos e defeitos de seu rosto. Uma das mais célebres esculturas (que na realidade se trata de uma narrativa visual) é a coluna de Trajano, onde uma faixa em espiral conta a história de suas conquistas através das figuras em cenas comuns: cotidiano dos soldados construindo muralhas, batalhas, etc.

3) Arquitetura: influenciados pela estética grega, os romanos produziram templos com frontões e colunas nos estilos dórico, jônico e coríntio. Mas graças à inovação técnica no emprego do cimento, a partir do qual produziram o concreto, e da distribuição do peso das construções através dos arcos, os romanos construíram gigantescas obras - pontes, aquedutos, palácios, estações termais, arcos de triunfo, basílicas (prédios públicos não religiosos) - que resistiram à passagem do tempo. Entre os mais célebres estão o Coliseu (que dispensa maiores comentários) e o Panteão, templo dedicado a todos os deuses, em forma circular, com uma imensa abóboda de 49 metros de circunferência e uma abertura no alto para passagem de luz (e chuva). Foi o único prédio que chegou aos nossos dias sem necessitar restauração em sua estrutura (!).

Vale dar uma olhada no Gombrich, cap. 5, para ter uma idéia.

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